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Os Vultos

A Dream Of Poe
São sombras que se escrevem sobre veludo
De uma noite de memória e contemplação
São sangue e lágrimas; o conteúdo
Das causalidades da paixão.

O meu caminho dança em negrume,
em tinta cáustica do passado
E o meu coração arde em lume
que é chama do meu Fado.

São vultos que recobrem o abismo
onde durmo em penitência.
São reflexos de um exorcismo
que desmente a existência.

E se as vozes se calarem,
numa qualquer noite de melancolia,
É tempo de se lembrarem
Da violência que me silencia.

Pois no Silêncio sou rei,
Uma tragédia vulgar
Que se perde num mundo sem lei
Em que verdadeiramente não sei estar.

E são vultos que se perdem dentro de mim
E são vozes lascivas sobre cetim.
São vícios & desejos por Atenas
São chacais, víboras & hienas.

Estas vozes que não se calam...
Estas vozes que não se escrevem...
Estas vozes que preenchem...
A timidez do perfume que exalam...

Calem a tempestade & Confusão
Deixem a Lua banhar o meu coração
Com o seu brilho pálido de Saudade
Que destrói os vultos da Vaidade.